terça-feira, 6 de abril de 2010

Estamos com fome de amor...





Sei que aqui no Blog eu havia dito que era um lugar para os meus pensamentos,mas abrirei uma exceção ao mestre Arnaldo Jabor.Pois esse texto fala, sobre coisas que gostaria de ter dito e abrange a todos nós,então se deliciem com o texto dele.


Estamos com fome de amor...
(JORNAL
O DIA! Arnaldo Jabor)

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de
garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes
ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por
cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte
como se quer... mas???

Chegam
sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros,
analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam,
alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando
homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer",
incrível.

E não é só sexo
não!

Se fosse, era
resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados,
nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com
carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem
necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta
olímpico na cama .... sexo de academia .. . .

Fazer um jantar
pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,

sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas
coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode
fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos
máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a
"sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de
nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de
relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número

‘Quero um amor pra vida toda!’, ‘Eu sou pra casar!’ até a desesperançada ‘Nasci pra ser sozinho!’

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos.

Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?

Seja ridículo, não seja frustrado, ‘pague mico’, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: ‘vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida’.

Antes idiota que infeliz!

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